terça-feira, 30 de novembro de 2010

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Como nasce um publicitário

Esta é uma história de amor e superação, embora alguém possa me acusar dizendo que instintos menores a dominem. Tudo começa com uma mãe grávida. Ela está numa encruzilhada, numa sexta-feira à noite. De longe parece reza, mas é despacho. O rebento sente o cheiro da galinha e resolve antecipar sua vinda a este mundo cruel e definitivo. Ele força a barra, a bolsa estoura. Mas não há dor, apenas regozijo. É a boa-nova que se anuncia. E a pobra mãe o tem ali, entre as velas, a galinha preta, que faz o papel de parteira, e as garrafas de pinga, que servem pra limpar o pobre feto que logo terá óculos sem grau e tênis colorido.

O pequeno toma amor por aquela senhora que tão bem cuida dele. Mas depois fica sabendo. Ele fora encomendado para fazer parte de um projeto maior, de um sacrifício em nome de Deus. Na verdade, sua mãe faz bico como faxineira (além de vender aquelas deliciosas broas e uma coisinha ou outra da Mary Key) em uma seita secreta. Por causa do adicinoal noturno, ela resolve entregar seu primogênito aos maçons, ou aos rosacruzes, não me lembro bem o nome da turminha. Mas aí, sabe como são essas mães, logo ela toma amor por aquele projetinho do mal e assim os rumos de seu destino mudam outra vez.

Já seu pai. Bem, este é homem sério. O jovem ali com seus 17 anos e o pai continuava a chamá-lo de Roberta.

_ Poxa, pai, eu já tenho pêlos no peito e você continua com essa coisa de Roberta.

_ Roberta, busca um copo d’água pro seu pai, minha princesinha.

_ Puta merda, pai, não brinca. Por que isso?

_ Senta aqui no colo do paizão pra um afago, vem...

_ Até quando a Gabi vem aqui em casa, poxa?

_ Aquela sua amiguinha?

_ Pai, a Gabi é minha namorada. Nós estamos transando.

_ Não faça mais isso, Roberta, papai fica triste. Você sabe minha opinião sobre homossexualidade e drogas.

_ Mas, caralho! É Cabral, meu nome é Cabral! Olha aqui, olha isso aqui, seu velho doido, olha pra cá, olha o tamanho desta porra!

Daí o rapaz tira o pênis pra fora no meio da sala e faz seu pai olhar pra ele. Só que, já viram... A tensão da conversa, aquela estranha e envolvente adrenalina, faz com que o membro, antes enorme, acreditem, murche e encolha e fique, bem, nas palavras de seu pai:

_ Roberta, precisamos ir ao ginecologista. Seu clitóris não está legal. Vá chamar sua mãe. Está na hora de começarmos a falar de anti-concepcional também.

_ Mas, pai...

_ E busca a água pro paizão, minha princesinha...

Bem, é isso. Hoje este jovem, que poderia muito bem ser você, vive por aí, em alguma agência tentando levar uma vida séria. Isso, claro, depois que voltou do Oriente. É que ele havia sido vendido para um coreano comerciante de tênis e de plantas medicinais. Sua mãe, vendo seu desgosto dentro de casa, o negociou em troca de quatro galinhas pretas e um Nike de molinha. Mulher esperta. O coreano tinha planos audaciosos para o rapaz, como vendê-lo para uma fábrica de sabonetes e comprar mais tênis. Mas também tomou amor por ele e ensinou tudo sobre a Nike e sobre publicidade para o menino. Mas por uma dessas ironias, o rapaz só usa All Star. Vermelho. Mundo estranho. E depois você ainda acha esquisito seu colega de agência ser como é?

Por Renato Cabral, que se não fosse redator seria coreano.

oruminante@gmail.com

Propaganda pró camisinha da MTV!

Meus caros, abaixo mais um dos fenomenais VTs da MTV!

Corrida de personagens de jogos 16 bits! Putz! Final incrível!

Bom, pessoal, pra quem gosta, e jogou em algum momento da vida os clássicos jogos do Mário, Supermetroid, Sonic, etc... vai achar muito legal esse vídeo.